Continuamos os projetos agora com outra mão de ajuda: Luiza Abdalla!
Estou muito feliz de ter uma amiga por perto, pra poder compartilhar, entender e viver Uganda. Por que, eu juro, não há palavras que conseguem expressar o que é isso e eu tenho muita preguiça de escolhe-las cuidadosamente pra tentar explicar e elas nunca serem suficientes.
Na terça-feira conseguimos um grande avanço pra três voluntarios sem fundos e sem instituição de apoio. Conseguimos que uma organização fosse até a escola e fizessem testes de HIV, dessem suporte e aconselhamento e também tratamento gratuito. Chamamos um grande número de pais e crianças da comunidade e lá estávamos nós, felizes da vida e prontos para também nos testarmos.
Na quarta-feira fomos visitar alguns desses pais e ajuda-los com um pouco de carinho, atenção, conversa e, claro, a doação de vocês!
Aqui seguem suas histórias e como ajudamos um pouquinhos a mudar o destino dessas crianças e desses
pais.
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Nangabi Mercy é uma menininha de 4 aninhos apenas, mas que não sabe sua data de aniversário. A mãe é analfabeta e não sabe esses detalhes sobre os 5 filhos que tem. Ela desconversa sobre o pai das crianças, pois é difícil essa vida de abandonada.
Na primeira conversa que tivemos, ela também desconversou sobre HIV e apenas um mês depois admitiu ser portadora do vírus.
As seis pessoas se apertam em um cômodo pequeno (BEM pequeno) e ela não possui muitas perspectivas além da diária, pois se quer tem um emprego.
Levou suas crianças para o teste coletivo e descobriu que são soro-positivos. Depois de um pouco de conversa e alguns conselhos sobre tomar os remédios direitinho e cuidar da saúde das crianças, ela começou a lacrimejar e aos poucos as lágrimas se tornaram um choro de verdade. Era fácil ler naquelas lágrimas a dor e culpa por ter contagiado seus filhos. A dor de saber que as pessoas que você mais ama sofrerão o mesmo preconceito, medo, e problemas que a doença acarreta. O medo de perde-los... Por um minuto eu desejei que ela não tivesse descoberto e que eles nunca soubessem e passassem por aquele sofrimento, mas sei que isso seria, não só uma sentença de morte, como também o contagio de muitos outros inocentes.
Para as duas crianças na escola pagamos um ano de almoço e um semestre de escola.
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Galinda Ruth tem 8 aninhos e é mais uma criança abandonada pelos pais e criada pelos avós. Nesse caso, trata-se de uma avó, viúva por conta da conhecida doença "felt sick". Vende papel na rua e cuida de dois netos. Tem HIV, mas não quis levar os netinhos ao teste de HIV coletivo por medo dos resultados e medo de isso ser exposto à comunidade.
Quando demos o recibo com o valor da doação e que ela não precisava mais se preocupar tanto, pois as crianças teriam, por um ano, almoço e a escola estava parcialmente paga.
Ela gargalhou, pois nunca esperava ser a sortuda do dia e receber toda essa ajuda de vocês, aí do outro lado do oceano.
Agradeço à vocês pela ajuda e também por todas as avós de Uganda que acolhem seus netos e vivem suas vidas lutando por elas sozinha.
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Difícil entender a grande e complexa família do Teeko Meddy de 7 anos. Moram em aproximadamente 13 pessoas. Digo aproximadamente por que casa de africano é assim. Todo mundo faz parte da família e é sempre bem vindo. Quando chegamos lá, começou uma correria, pois estavam desavisados e não sabiam o que fazer pra esconder toda a sujeira e arrumar algum lugar pra sentarmos.
Possuem 5 crianças na escola e mais um monte em casa. A avó, o tio-avô, o tio, a mãe... todos se "acomodam" em dois cômodos e dividem também a doença maldita! Apenas uma das crianças foi testada na escola e é soro-positiva. Dividi alguns conselhos e fizemos a doação pagando almoço e escola para as crianças.
Que eles sejam muito felizes nessa grande família cheia de problemas e de muito e amor!
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Essa pequena Nalubega Halima de 7 anos é uma delícia. Não tem como não rir e se divertir com a pequena garotinha que vive no mundo do silêncio. Ela é surda e muda e por isso foi abandonada pelos pais. É criada pela avó que, por sua vez, ganha a vida vendendo água. Moram em três na casa: a avó e dois netinhos.
Pagamos também a escola e o almoço. Que parece fazer pouco sentido já que a escola não tem qualquer estrutura pra receber uma criança com tal deficiência. Os professores não são nenhum um pouco preparados. Ela não faz as mesmas atividades que as demais crianças e as vezes parece mais passando o tempo por lá. Mas pra minha surpresa ela na verdade consegue associar as coisas muito fácil, muito rápido. Aprendeu a ler, desenhar e fazer alguns exercícios e tem notas bastante razoáveis considerando as condições de ensino dela. Apenas necessita de pessoas acreditando e incentivando seus estudos, aprendizados, sonhos... E, claro, profissionais preparados para tal. Mas nem vou sonhar tão alto né...
Estou muito feliz de ter uma amiga por perto, pra poder compartilhar, entender e viver Uganda. Por que, eu juro, não há palavras que conseguem expressar o que é isso e eu tenho muita preguiça de escolhe-las cuidadosamente pra tentar explicar e elas nunca serem suficientes.
Na terça-feira conseguimos um grande avanço pra três voluntarios sem fundos e sem instituição de apoio. Conseguimos que uma organização fosse até a escola e fizessem testes de HIV, dessem suporte e aconselhamento e também tratamento gratuito. Chamamos um grande número de pais e crianças da comunidade e lá estávamos nós, felizes da vida e prontos para também nos testarmos.
Na quarta-feira fomos visitar alguns desses pais e ajuda-los com um pouco de carinho, atenção, conversa e, claro, a doação de vocês!
Aqui seguem suas histórias e como ajudamos um pouquinhos a mudar o destino dessas crianças e desses
pais.
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Nangabi Mercy é uma menininha de 4 aninhos apenas, mas que não sabe sua data de aniversário. A mãe é analfabeta e não sabe esses detalhes sobre os 5 filhos que tem. Ela desconversa sobre o pai das crianças, pois é difícil essa vida de abandonada.
Na primeira conversa que tivemos, ela também desconversou sobre HIV e apenas um mês depois admitiu ser portadora do vírus.
As seis pessoas se apertam em um cômodo pequeno (BEM pequeno) e ela não possui muitas perspectivas além da diária, pois se quer tem um emprego.
Levou suas crianças para o teste coletivo e descobriu que são soro-positivos. Depois de um pouco de conversa e alguns conselhos sobre tomar os remédios direitinho e cuidar da saúde das crianças, ela começou a lacrimejar e aos poucos as lágrimas se tornaram um choro de verdade. Era fácil ler naquelas lágrimas a dor e culpa por ter contagiado seus filhos. A dor de saber que as pessoas que você mais ama sofrerão o mesmo preconceito, medo, e problemas que a doença acarreta. O medo de perde-los... Por um minuto eu desejei que ela não tivesse descoberto e que eles nunca soubessem e passassem por aquele sofrimento, mas sei que isso seria, não só uma sentença de morte, como também o contagio de muitos outros inocentes.
Para as duas crianças na escola pagamos um ano de almoço e um semestre de escola.
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Galinda Ruth tem 8 aninhos e é mais uma criança abandonada pelos pais e criada pelos avós. Nesse caso, trata-se de uma avó, viúva por conta da conhecida doença "felt sick". Vende papel na rua e cuida de dois netos. Tem HIV, mas não quis levar os netinhos ao teste de HIV coletivo por medo dos resultados e medo de isso ser exposto à comunidade.
Quando demos o recibo com o valor da doação e que ela não precisava mais se preocupar tanto, pois as crianças teriam, por um ano, almoço e a escola estava parcialmente paga.
Ela gargalhou, pois nunca esperava ser a sortuda do dia e receber toda essa ajuda de vocês, aí do outro lado do oceano.
Agradeço à vocês pela ajuda e também por todas as avós de Uganda que acolhem seus netos e vivem suas vidas lutando por elas sozinha.
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Difícil entender a grande e complexa família do Teeko Meddy de 7 anos. Moram em aproximadamente 13 pessoas. Digo aproximadamente por que casa de africano é assim. Todo mundo faz parte da família e é sempre bem vindo. Quando chegamos lá, começou uma correria, pois estavam desavisados e não sabiam o que fazer pra esconder toda a sujeira e arrumar algum lugar pra sentarmos.
Possuem 5 crianças na escola e mais um monte em casa. A avó, o tio-avô, o tio, a mãe... todos se "acomodam" em dois cômodos e dividem também a doença maldita! Apenas uma das crianças foi testada na escola e é soro-positiva. Dividi alguns conselhos e fizemos a doação pagando almoço e escola para as crianças.
Que eles sejam muito felizes nessa grande família cheia de problemas e de muito e amor!
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Essa pequena Nalubega Halima de 7 anos é uma delícia. Não tem como não rir e se divertir com a pequena garotinha que vive no mundo do silêncio. Ela é surda e muda e por isso foi abandonada pelos pais. É criada pela avó que, por sua vez, ganha a vida vendendo água. Moram em três na casa: a avó e dois netinhos.
Pagamos também a escola e o almoço. Que parece fazer pouco sentido já que a escola não tem qualquer estrutura pra receber uma criança com tal deficiência. Os professores não são nenhum um pouco preparados. Ela não faz as mesmas atividades que as demais crianças e as vezes parece mais passando o tempo por lá. Mas pra minha surpresa ela na verdade consegue associar as coisas muito fácil, muito rápido. Aprendeu a ler, desenhar e fazer alguns exercícios e tem notas bastante razoáveis considerando as condições de ensino dela. Apenas necessita de pessoas acreditando e incentivando seus estudos, aprendizados, sonhos... E, claro, profissionais preparados para tal. Mas nem vou sonhar tão alto né...
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