terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Mãe África

meu sangue é negro
minha pele não
eu ouço os teus batuques
os açoites aos teus filhos
e os seus gemidos doem-me
na minha carne...
em cada parede
nos muros
nas igrejas e nas cercas
nas roupas lavadas
nas cadeias
no laranjal
há espinhos cravados
fundo
no coração
da mãe áfrica...
um dia será diferente
todo o povo vai saber
ergue-se um combatente
estende a mão a um outro
que se levanta
e mais outro
haverá uma corrente
e haverá salvação...
e todos os dias
serão teus
minha mãe...

Líria Porto

Um comentário:

Alê disse...

Sentirei saudade, Bá!
E quero te ver antes de vc ir!!!

Beijo do Alê!